sábado, 11 de junho de 2011

Cai a chuva

Cai a chuva
lá fora, na noite escura.
E eu, aqui, pensando,
procurando, esperando uma cura.

Uma cura para isso
que aflige a todos.
Esse mal chamado saudade
que rasga minh’alma aos poucos.

Saudades daquele olhar, daquela voz,
que me acalma e me fascina.
Voz e olhos insubstituíveis,
são aqueles, os da minha menina.

Aquela a quem eu amo,
mas que por motivo foi-se,
e me deixou na solidão.
Esta vida está escura, parece a noite.

E, do mesmo modo, lá fora na noite,
a chuva ainda está a cair.
Mas acho que já posso matar a saudade.
Para sonhar, agora vou dormir.

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